Ser uma pessoa T

Um grande nome da música popular brasileira, LULU SANTOS, em sua música intitulada “Toda Forma de Amor” fala que “não pediu pra nascer, que não nasceu pra perder e que não vai sobrar de vítima das circunstâncias”.

Uso essa escrita de Lulu, para responder ao questionamento: ‘Por que Visibilidade Trans?”
Uma pessoa T não pediu para nascer, e sequer escolheu ser assim, até porque quem em sã consciência escolheria viver o que a gente vive ou passar pelos perrengues que a gente passa?

A nossa existência é constantemente colocada em cheque, inviabilizada ou ignorada pelo “CIStema”, diariamente temos que passar por situações delicadas, a luta começa da hora que acordamos até a hora de ir dormir, diariamente.

Apesar de toda a luta, e da batalha constante, não nascemos para perder. Temos a luta mas também temos a alegria e toda vontade de viver, de sermos vistas como pessoas, com direito a vida, com direito a felicidade, com direito ao emprego, a moradia e principalmente a dignidade. A maior celebração de que a gente não nasceu para perder é olharmos para o espelho e ficarmos orgulhosas com o que vemos, de olharmos para nós mesmos e sentir amor pelos nossos corpos.

Nossa história não vai ser de vítima das circunstâncias e das estatísticas, nós viveremos muito mais do que a expectativa de vida de 35 anos, nós existimos e vamos existir cada vez mais no mercado de trabalho, nas famílias que construiremos, e em tudo que quisermos fazer, aqueles que não nos aceitam, terão que nos respeitar porque a gente vai mudar as estatísticas, que se acostumem a nos ver nas ruas nas universidades, nos trabalhos, nos cargos de poder, nos verão com diplomas, com famílias, com identidades e principalmente com a alegria de ser quem somos.

 

Com esperança,

Leonna

 

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