Golpe dos nudes
Estelionatários usam nome de delegados para tirar dinheiro de vítimas no golpe dos nudes.
O crime começa a partir de um convite de amizade de um jovem pelas redes sociais ou aplicativos em uma conversa. A troca de mensagens migra para o WhatsApp e os diálogos avançam para a troca de fotografias íntimas, popularmente conhecidas como nudes. O suposto jovem então some e entra em cena o estelionatário se fazendo passar por um delegado ou policial.
Em outro número do aplicativo de mensagens e usando fotos do delegado encontradas na internet, o suposto policial avisa em ligação e mensagens de voz que você teria trocado nudes com um adolescente menor de 18 anos e que você praticou crime de pedofilia ao trocar imagens íntimas com ele. A pessoa que se passa por delegado pede dinheiro para arquivar a ocorrência, isso tudo por ligação e mensagens de voz.
O golpe dos nudes não é novo.
É investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul há mais de um ano, mas o uso do nome de delegados se tornou uma forma de sofisticar o crime. Muita gente prefere pagar do que responder pelo crime. E a vítima acredita que pagando eles vão parar. Mas não é o que acontece, continua sendo extorquida para pagar mais e mais dinheiro. A maioria das vítimas são homens.
Antes de conversar com pessoas que se dizem delegados, é importante ter conhecimento de que a Polícia Civil não entra em contato com vítimas ou suspeitos de crimes por aplicativos de mensagem. Por ser um órgão público, suas ações passam por formalidades, como ofícios e intimações. Os estelionatários são criativos e a tentativa de extorsão pode durar dias, até semanas.
Tudo na internet deixa rastros e são estas pistas que a Polícia Civil utiliza para chegar até os criminosos. Perfis falsos, números de telefones, contas bancárias e ligações podem ser rastreadas. No Estado, o crime é praticado por várias pessoas.
Como não cair no golpe
Evite trocar número de telefone ao iniciar conversas por meio de aplicativos de mensagens;
Não troque fotografias que possam ter conotação íntima por meio de aplicativos como WhatsApp ou Messenger;
Evite conversas por meio de aplicativos com prefixo telefônico desconhecido;
Policiais não irão mandar mensagens ou ligar para falar de investigações. Se a polícia lhe procurar, será intimado formalmente para ir até a delegacia;
Se alguém dizendo que é policial ou delegado lhe procurar, ligue para a delegacia que ele diz que trabalha;
Não faça depósitos, transferências ou pagamentos para desconhecidos;
Desconfie de pessoas desconhecidas que demonstrem interesse afetivo repentino;
Evite envolvimento ou namoro com pessoas que você não conhece pessoalmente;
Se for vítima de algum golpe ou de tentativa de abordagem desse tipo, procure a polícia e registre ocorrência;
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