Destransição e apagamento

A liberdade de expressão e religião são direitos fundamentais que devem ser protegidos em qualquer sociedade democrática. No entanto, quando esses direitos são usados como uma desculpa para promover a discriminação e a aniquilação da existência de pessoas, seja ela quem for, é necessário questionar o papel da igreja evangélica nesse contexto. Precisamos pensar sobre a postura de algumas igrejas que perpetuam a exclusão e o preconceito contra nossa comunidade.

Não queremos questionar coisas como a destransição, “escolhas” ou caminhos que cada um decide seguir. Queremos que você comece a questionar locais, pessoas e instituições que carregam em seu discurso o nosso apagamento. A igreja evangélica além da interpretação seletiva da bíblia, estigmatização, marginalização e a falta de acolhimento tem histórico de aniquilação a tudo aquilo que vai contra suas doutrinas, porém maquiam sentimentos de ódio com um discurso de que deus é amor. Precisamos enxergar todos que ameaçam nossa existência como inimigos.

A aniquilação da existência de pessoas LGBTQIAP+ promovida por algumas igrejas evangélicas é uma violação dos direitos humanos e uma negação dos valores fundamentais de amor, igualdade e respeito ao próximo. É fundamental reconhecer a diversidade e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. No fim das contas, quem fala de amor, quer e anseia apenas por uma coisa: Apagamento da nossa identidade e aniquilação dos nossos corpos. Nessa guerra, somos inimigos, e se você não lutar, você levará o tiro.

// Reflexão sobre o caso de @cattylares, mulher trans, que após ir à igreja resolveu desfazer sua transição de gênero e agora se define como Emanuel.

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